Câmara entrega 76 casas e espaços municipais


Cinquenta famílias contam agora com uma habitação municipal e 26 associações de base local sem fins lucrativos com um espaço para desenvolverem a sua actividade. A entrega das chaves e assinatura dos contratos decorreu em 9 de fevereiro, numa cerimónia com a vereadora da Habitação Paula Marques e vários técnicos da autarquia. 

“Este é o Salão Nobre da autarquia, a casa de todas e todos nós”, começou por afirmar a vereadora, para explicar de seguida que, tratando-se do local onde em 1910 foi declarada, na varanda, a República e são atualmente recebidas as altas individualidades, é também ali que são entregues as chaves das habitações municipais e espaços para associações. 

“Fazêmo-lo por princípio, pois entendemos que da mesma forma que esta câmara recebe as individualidades, também deve receber as cidadãs e os cidadãos que passam a ser nossos inquilinos e as organizações que trabalham com a sociedade civil”, disse Paula Marques, adiantando que o momento materializa parte do papel da autarquia no que concerne ao direito à habitação, direito à organização e à utilização do bem público, “em prol da melhoria das condições de vida das populações, pois são conquistas de uma sociedade democrática, republicana e livre.”

Serviço público

Como vereadora, “ver o Salão Nobre cheio de pessoas e representantes de organizações que connosco trabalham para o bem estar da comunidade” é uma sensação de orgulho e, ao mesmo tempo, de serviço público cumprido. É para isso que estamos cá, é para isso que fui eleita e é para isso que o Governo da cidade deve servir”, sublinha. 

O momento representa no entanto, para além de um direito que se cumpre - o da habitação -, também a assumpção do dever de zelar pelo património municipal que agora é entregue, e Paula Marques vinca-o: “faz parte do nosso trabalho manter o edificado e as casas em boas condições, elas são assim entregues, e faz parte da obrigação cívica das famílias mantê-lo também em boas condições. Porque hoje é vosso, amanhã pode ser de outrém e é um bem público, um bem de todos nós.”

Entre as organizações sem fins lucrativos que receberam agora espaços contam-se clubes e associações recreativas ou culturais, bem como vocacionadas para intervenções em outras áreas. Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral, delegação de Lisboa da Cruz Vermelha Portuguesa, Associação Faísca Gerador, Núcleo dos Antigos Alunos do Liceu Passos Manuel, Associação de Interajuda de Jovens Eco-estilistas, Re-food ou Crescer na Maior - Associação de Intervenção Comunitária, são algumas das agora contempladas.

(Texto e Foto - CML)