Paródia de Talentos no Bairro da Horta Nova 11.05.2017 No âmbito do programa municipal BIP/ZIP - Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária, foram muitas as crianças, cerca de 150, dos 5 aos 12 anos, que numa verdadeira paródia mostraram à vereadora Paula Marques o que mais gostaram e aprenderam nas várias Oficinas João de Deus, no Bairro da Horta Nova.A vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local, Paula Marques, participou no passado dia 8 de maio na “Paródia de Talentos”, uma mostra de talentos BIP/ZIP das Oficinas João de Deus, em Carnide.Para Paula Marques esta é mais uma energia BIP/ZIP. “Trabalhar com as crianças é a melhor forma de combater preconceitos e estereótipos que estão estabelecidos nos adultos, quer na prevenção, quer na sua envolvência com a comunidade, através das próprias crianças”, adiantou a autarca, enquanto participava nas várias atividades promovidas pelo projeto, apesar da chuva que teimava em cair.Com uma população estimada de 1 355 pessoas, o Bairro da Horta Nova é constituído maioritariamente por membros da comunidade cigana, contanto também uma minoria de africanos e portugueses. Povo de tradição oral, os ciganos mantêm os seus hábitos e tradições com uma cultura muito própria. As ludotecas João de Deus, presentes no Bairro há mais de seis anos, mantêm uma intervenção ativa na comunidade no âmbito das competências pessoais e sociais, bem como em toda a área da educação, no que diz respeito ao combate do absentismo escolar, prática comum nesta cultura, principalmente no sexo feminino. Através de estratégias lúdica-pedagógicas, os técnicos tentam estabelecer relações de cooperação e respeito entre crianças, pais, familiares e toda a comunidade escolar.Segundo os responsáveis deste projeto municipal, através destas oficinas pretende-se ajudar crianças e jovens na aquisição de outros conhecimentos e interesses, gosto pela exploração, entusiasmo e hábitos saudáveis. É também uma forma procurar membros da comunidade que se destaquem, líderes que após os 12 meses do projeto possam assumir o papel de mentores, continuem as ações e as semeiem no seu meio. “Em cada oficina propomos abranger 40 crianças e alguns dos seus familiares, perfazendo um total de 60 destinatários que no final do projeto terão sido envolvidos em todas as oficinas”, referiu Maria Sapina, coordenadora das Ludotecas.(Texto/Foto - CML)