Seminário (Re)Pensar a Intervenção em Bairros Sociais – Realidades e Desafios 19.12.2017 No passado dia 13 de Dezembro, alguns elementos da GEBALIS e da Câmara Municipal de Lisboa, reuniram-se para assistirem ao Seminário (Re)Pensar a Intervenção em Bairros Sociais – Realidades e Desafios promovido pela Câmara Municipal da Lourinhã. Foi um dia agradável de convívio e troca de conhecimentos, onde imperou a reflexão sobre o futuro da habitação social em Portugal. O Presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, João Duarte Anastácio de Carvalho, abriu a sessão falando da realidade do seu município e das boas práticas que têm sido implementadas e que resultaram em sucesso, tais como as casas comunitárias, a eficiência energética, e de uma democracia cada vez mais participativa, onde se aposta na opinião da população nomeadamente através dos orçamentos participativos.Os temas apresentados pelo Presidente, João Duarte Carvalho, dominaram todas as apresentações. Analisar o passado para investir no futuro, foi para todos os oradores considerada uma pratica essencial e basilar, assim como o envolvimento das populações para que seja possível a construção de bairros cada vez mais sustentáveis. Quando se fala em bairros, fala-se em famílias, em diferentes necessidades e características, sendo consensual que a integração não se alcança por se tratar das problemáticas da mesma forma, mas por outro lado não deverá coexistir uma barreira que separe e evidencie as diferenças entre “Nós e Eles”. Daí que, a importância da terminologia tenha ocupado grande parte das apresentações, pois é também agora consensual que as nomenclaturas separam, distinguem e discriminam. Assim, como se concluiu que as diferenças nacionais já demonstraram que as diferentes realidades carecem de diferentes instrumentos e métodos de atuação, não se podendo usar a mesma metodologia quando as carências e recursos são totalmente dispares, daí que em alguns locais seja preferível a construção nova, e noutros a requalificação seja a resposta mais acertada. O documento que está a ser preparado sobre a Nova Geração de Habitação está a ser construído com base nestas dicotomias conforme esclareceu Ana Pinho, Secretária de Estado da Habitação, realçando que “…igualdade nem sempre é equidade!”. Este foi igualmente o mote das apresentações que se seguiram, realçando-se a apresentação da Dra. Marta Santos, Diretora da Direção de Intervenção Local da GEBALIS, que deu a conhecer a realidade da capital, distinta de todos os outros municípios, com desafios e consequentes respostas diferenciadas e adaptadas à realidade de Lisboa. Reforçou a importância que as pessoas têm neste contexto, quer as famílias como os técnicos, procurando que o binómio “Nós e Eles” se altere, procurando que a participação seja mais ativa, e que seja para além dos bairros, isto é, quer uma cidade onde a opinião desta população tenha uma efetiva implicação no orçamento para a cidade de Lisboa, construindo assim uma verdadeira gestão partilhada e tratando-os como munícipes que são, por outro lado ao nível das equipas que trabalham no terreno, considera essencial capacitar as estruturas, delegando e reforçando as competências dos técnicos.