Seminário APAV – 10 anos da casa de abrigo ALCIPE

​Realizou-se no Auditório Camões no passado dia 29 de março O Seminário da APAV, intitulado 10 anos da Casa de Abrigo ALCIPE, práticas e reflexões para o futuro no acolhimento de vítimas de violência doméstica.

A GEBALIS teve a seu cargo, na pessoa da Diretora de Intervenção Local, Marta Santos a moderação de um dos painéis da manhã, em que se falou do Futuro em perspetiva.

Durante a sua intervenção a GEBALIS referiu o quanto está comprometida com o trabalho que a APAV tem vindo a desenvolver.

Daniel Cotrim, Supervisor das Casas Abrigo, referiu o objetivo geral da APAV e das casas abrigo como uma resposta para a violência conjugal, transversal á sociedade. São espaços secretos e isolados, com segurança e proteção. Representando para muitas das mulheres que acolhe a diferença entre a vida e a morte.

São espaços onde as mulheres podem reparar a sua identidade, prevenindo a sua violência no futuro. Que poucos sabem onde ficam e muito menos o que lá se passa.

Atualmente são 40, tem um espirito coletivo fortalecendo as mulheres em que se apoiam mutuamente, para evitarem a violência nas 
suas casas.

Estar numa casa abrigo, obriga a mudar de zona geográfica e a cortar laços, para garantir a sua segurança e a dos seus filhos, sendo por isso muito importante, conseguir diferenciar a crise, dos momentos de crise.

As respostas laborais também não são fáceis porque são mulheres e porque estão a começar tudo do zero. Viver de subsídios não é solução, faltando uma resposta mais assertiva do estado para este tipo de situações, para que as mulheres se sintam como elementos válidos e respeitados.

As equipas das casas abrigo estabelecem ligação entre as mulheres e as comunidades onde estão, mas é preciso garantir a formação dos profissionais e modernização dos seus conhecimentos e respostas.

Entre 2006 até 2016 A APAV acolheu 221 pessoas entre elas 116 crianças e jovens

O sucesso é conseguido através do equilíbrio emocional, restabelecendo emocionalmente mulheres e crianças, dando autonomia, habitação e trabalho. É preciso que as vitimas aprendam a evitar relações violentas.

No fundo pode-se concluir que existe a necessidade de ter linhas orientadoras, melhoria dos serviços prestados e medidas mais assertivas por parte do estado e das empresas.